O primeiro porto da Ilha de Santa Catarina

Viajar sem sair de casa

É sempre possível viajar sem sair de casa. Que o diga o Urbenauta que fez disso seu trabalho. Passei anos de minha vida indo a capital catarinense e nunca me interessei por virar à direita na estradinha que me levava às direitas do Morro das Pedras. O Ribeirão da Ilha foi sempre tão desconhecido que só mesmo assim, em um dia de chuva, no longínquo 2007, poderia ter tomado a decisão de finalmente conhecê-lo. Antes tarde do que nunca!

"Leashes" cortantes

Faz tempo que não vinha à Florianópolis. Terra de Floriano e de minha mãe, falecida há 6 anos. Não me sinto parte daqui, como um dia me senti. O local perdeu seu ar de interiorano com tanta gente forasteira vivendo um estilo de vida que não condiz com o daqui. Talvez por tanto saudosismo tenha logo me machucado na primeira queda no Campeche. 

Iniciando

Sair de casa e pegar a estrada é sempre renovador. Fiquei dois anos sonhando por esse momento: o dia que iria sair do meu Brasil, não por ar ou mar, mas por Terra. Terra onde caminho e observo com mais atenção. 

Em 2005 tínhamos tudo planejado e um destino um tanto ousado: Ushuaia. 

Deus sabe o que faz. Em uma noite escura, nas ruas sombrias atrás do SESC Pompéia, levou meu veículo embora e deixou o sonho vagar por mais um tempo em minha mente. 

Perambulei com meu(s) Bilhete Único, multiplicando o valor das passagens, mas não o do pão. 

Com fome e sede de sonhar mais uma vez, cá estou com outra chance de presteas a se concretizar.

"Bem vamos embora que esperar não é saber"

Geraldo Vandré